Depois do sucesso de Circus, de 2008, Britney Spears provou que talvez foi capaz de superar seus problemas pessoas e ir além do turbilhão de notícias sobre rehab, festas sem fim e escândalos familiares.
Britney perdeu a guarda dos filhos, surtou, frequentou diversas clínicas de reabilitação e chegou a raspar a cabeça, mas tudo isso ficou de lado quando retornou aos estúdios com hits como Circus, Womanizer e If U Seek Amy. Mas, depois da história de superação que a indústria do pop norte-americano tanto gosta, veio o mais difícil: descobrir o que vem depois do final feliz.
O resultado desse esforço de continuar seguindo em frente traz boas surpresas. Femme Fatale consegue englobar diversas tendências da música atual, e isso é mais do que se pode dizer de muitos lançamentos pop, como o álbum mais recente de Katy Perry, Teenage Dream, e o EP Cannibal, de Kesha. Não passa de tudo o que já vimos, ano passado e retrasado com Lady Gaga.
Se os hits do começo da carreira da cantora eram canções de bases simples com refrões fortes, hoje a força está exatamente na estrutura: acelerada, com BPMs lá em cima e muitos sintetizadores.
A onda da dance music no pop, popularizada pelo francês David Guetta, hoje é uma fórmula seguida à risca por produtores como Dr. Luke e Max Martin, responsáveis pela maioria das faixas de Femme Fatale. A própria Britney já havia flertado com a dance music em faixas como Toxic, por exemplo, mas nada chega perto da supremacia que o estilo exerce em Femme Fatale. Porém isso já acabou se tornando clichê, escutando seu novo CD é como mastigar chiclete, e não querer mais. Mas o álbum tem mais do que faixas facilmente rotuláveis, caso de How I Roll (uma música totalmente improvável com um ótimo refrão e uma cara de verão) e a divertidíssima Gasoline, que lembra os primeiros hits da cantora, com seus refrões redondinhos e sensualidade à flor da pele.
Por: Virgula
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