segunda-feira, 17 de maio de 2010
alexander mcqueen, o gênio da moda
Em menos de dez anos, Alexander McQueen, tornou-se um dos mais respeitados criadores, tendo até sido director criativo da casa de alta-costura parisiense, Givenchy, que deixou em 2001 para trabalhar na sua própria marca, homónima. Desde então, faz história com os seus desfiles, unindo a excelência da alfaiataria britânica, a execução perfeita da alta-costura francesa e o impecável acabamento italiano. O seu trabalho tem descrito uma espiral ascendente no mundo da moda, pela justaposição de elementos contraditórios, resultando em colecções únicas, de crescente poder emocional e energia crua, pura paixão.
Nascido em Londres, a 17 de Março de 1969, filho de um taxista, o mais novo de seis, Alexander começou por fazer vestidos para as três irmãs e, ainda jovem, anunciou que queria ser criador de moda. Deixou a escola aos 16 anos e logo se tornou aprendiz de grandes mestres na execução técnica de vestuário, como Anderson & Shephard ou Gieves & Hawkes. Daí passou para os teatrais Angels & Bermans, onde aprendeu os segredos do corte, desde o melodramático século XVI, até ao design sóbrio que se tornou a sua imagem de marca.
Aos 20 anos trabalhou com o designer Koji Tatsuno, cujo trabalho tem também raízes britânicas, e um ano depois viajou para Milão, onde foi assistente do designer Romeo Giglis. Finalmente, em 1994, voltou a Londres, onde se estabeleceu e completou o mestrado em Design de Moda na prestigiada Saint Martins College of Art and Design. A sua colecção de graduação foi comprada na totalidade pela famosa estilista Isabella Blow.
As duas colecções mais recentes, "The Horn of Plenty" (O Corno da Abundância) e "Plato’s Atlantis" (Atlântida de Platão) são mostras da mais pura natureza contemporânea e do génio negro de McQueen. A primeira, traduz a visão do criador sobre o consumismo e a industrialização, transformando objectos comuns em acessórios prodigiosos, numa ode à reciclagem e reutilização. A segunda, é o epíteto da vanguarda da moda, quer pela elaboração técnica do desfile, em que dois robots se apresentam no meio da passarela e transmitem o desfile em directo para todo o mundo, quer pela beleza da colecção em si. Sob o mote da actualidade, dos problemas ambientais e da mudança, a colecção relembra para a necessidade de adaptação humana às novas condições ambientais, e propõe que o futuro possa estar no fundo o oceano.
A arquitectura das peças, o corte, texturas, cores e padrões, a maquilhagem, os cabelos e os sapatos (os modelos mais fantásticos que o mundo já viu!) estão em comunhão entre si e com a Natureza. A primeira série é composta por estampas caleidoscópicas que criam um efeito simétrico nos looks, cheios de padrões animais e texturas orgânicas, a segunda série representa a descida ao mar profundo onde as peças são fluídas como água e as modelos se transformam em criaturas marinhas, alienadas. Verdadeiramente indescritível!
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